O texto a seguir é traduzido e adaptado do livro de Dinesh D'Souza "What's So Great About Christianity". Boa leitura.
HISTÓRIA DO CONFLITO
O ateísmo proclama que a ciência e a religião são adversárias. Diversas vezes vemos artigos em jornais e revistas com o título Ciência x Religião, ou Ciência versus Deus.
Os ateus, porém, ignoram muitas vezes que a ciência moderna surgiu e se desenvolveu dentro do cristianismo medieval europeu e que alguns dos avanços mais significativos da ciência se devem ao trabalho de cristãos.
Agostinho de Hipona (ou Santo Agostinho como é conhecido), por exemplo, no século IV depois de Cristo, criou uma teoria com bases teológicas de que Deus havia criado o tempo junto com o universo, ou seja, que antes do universo não havia tempo. Deus obviamente está fora do tempo, por isso que dizemos que Deus é eterno. O que Agostinho alcançou somente através da razão, a física moderna e a astronomia confirmaram muitos séculos depois.
A razão sempre foi parte operante do cristianismo. Ao contrário do islamismo e do judaísmo, que são religiões de lei, o cristianismo é uma religião aberta ao pensamento e a reflexão sobre Deus e sua relação com o homem. O cristianismo não é e nunca se opôs a razão. Ao contrário, o cristão crê que Deus concedeu a razão ao homem. O antagonismo entre fé e razão, ciência e religião é um produto moderno sem fundamento.
A fundação das universidades ocorreu na era medieval na Europa. Elas tiveram um papel crucial no desenvolvimento da ciência moderna. Antes disso eram os monastérios que cuidavam da preservação e transmissão do conhecimento antigo que havia se perdido com as invasões bárbaras a Roma. A partir daí as igrejas começaram a fundar escolas, primeiramente a nível primário e depois secundário. Estas se tornaram cada vez mais avançadas até que, no séc. XII, foram fundadas as primeiras universidades em Bolonha e Paris.
O método científico, que é a base de estudo da ciência até hoje, foi criado por Francis Bacon, um devoto religioso que escreveu comentários também sobre os Salmos e a oração. Bacon dizia que através do poder divino do descobrimento, o homem poderia cumprir a ordem divina de estabelecer domínio sobre a criação e até restaurar uma nova classe de Éden. O método científico revolucionou a ciência e gerou uma explosão de inovações e invenções que começaram no séc. XIII. Nessa época foram inventados a roda hidráulica, o moinho de vento, o chaminé, os óculos e o relógio mecânico.
A igreja também patrocinou a construção e a manutenção das primeiras instituições de investigação médica e os primeiros observatórios. Os primeiros cientistas profissionais são encontrados aos fins da Idade Média e, em sua grande maioria, eram cristãos que viam seu trabalho como o cumprimento de objetivos cristãos. Alguns famosos cientistas cristãos são: Copérnico, Kepler, Galileu, Descartes, Boyle, Newton, Leibniz, Pascal, Harvey, Lavoisier, Ampere, Pasteur, Maxwell, Mendel.
Georges Lemaitre, o astrônomo belga que propôs pela primeira vez a teoria do Big Bang para a origem do universo também era cristão. Kepler, criador da teoria de que os planetas giravam em torno do sol de maneira elíptica e não circular, escreve a Deus ao fim do livro “A harmonia do mundo”: “por favor, faça com que essas demonstrações levem a tua glória e a salvação de almas”.
Apesar de o cristianismo estar tão presente na origem e no desenvolvimento da ciência, a fama da guerra “ciência contra religião” tem sua força na perseguição que a Igreja impôs a cientistas como Copérnico e Galileu, que afirmavam que a terra girava ao redor do sol. Muitas informações, porém, são de propagandas mentirosas anti-religiosas provenientes do séc. XIX. É certo que houve perseguições, mas muito menos do que a tradição científica prega. De qualquer forma, a Igreja corrompida da Idade Média se faz culpada dessas acusações.
A CIÊNCIA E A BÍBLIA
O Big Bang
As descobertas científicas recentes mostram que o universo foi criado em uma explosão primordial de luz e energia. Nesse momento o universo teve começo, assim como o tempo e o espaço. Gênesis 1:3 nos mostra que Deus criou primeiramente a luz. Há uma clara confirmação científica para um dado bíblico. Isso também nos explica porque a luz foi criada antes do sol, no relato da criação.
A segunda lei da termodinâmica declara que as coisas, deixadas sozinhas, se descompõem. Esta lei tem aplicações alarmantes. Por exemplo, a medida que o tempo passa as reservas de combustível do sol vão decaindo, o que significa que um dia se acabará o calor do sol. Mas isso também significa que em algum momento o sol foi aceso, ou seja, criado. O mesmo ocorre com todas as estrelas. Assim é com todo o universo.
Outro dado importante que indica um começo e um criador para o universo é o fato comprovado de que o universo está em expansão e de que as galáxias estão se afastando. Isso indica que no passado elas estiveram mais perto umas das outras. Tudo indica que todas tiveram um ponto de origem comum a mais ou menos quinze milhões de anos atrás.
Todos estes fatos indicam a um evento de criação do universo a 15 milhões de anos atrás. Alguns poucos cientistas, não podendo explicar a origem do universo e recusando-se a aceitar ao Criador tem proposto teorias de que o universo é eterno ou mirabolantes teorias de universos paralelos. Obviamente não tem nenhuma evidência a seu favor.
É importante fazer um parêntese e deixar claro que a palavra hebraica para dias no relato da criação do Gênesis pode significar dias, estações ou épocas. Não há dificuldade nenhuma para o cristão aceitar um relato da criação que se estenda por milhões de anos.
A filosofia nos mostra que tudo que tem um começo, tem uma causa. Ou seja, tudo que veio a existir depende de algo que o gera. Qual seria a causa do Big Bang, ou do universo? Em seu sentido literal, a grande explosão que criou o universo foi um milagre. Qual a causa deste milagre? A única resposta cabível é que a causa é algo que esteja fora do universo e fora do tempo e seja poderoso o suficiente para criar algo. Enquanto os cientistas buscam uma resposta para a causa do Big Bang, os cristãos têm certeza da sua origem em Deus.
UM MUNDO CRIADO ESPECIFICAMENTE PARA NÓS
Uma grande questão que ronda a mente de muitos seres humanos é o fato de que se o homem é tão importante e tão central para o propósito de Deus, porque vivemos num pedacinho pequeno de terra em um universo tão grande e indiferente? A ciência tem nos dado essa resposta provando que o tamanho e a idade do nosso universo não são acidentais, mas são condições indispensáveis para a existência da vida na terra. O universo parece ser uma conspiração para que nós existamos. Se algumas leis fossem mudadas em alguns décimos somente, a existência de vida seria impossível.
A TEORIA DA EVOLUÇÃO
A melhor explicação acredito que se encontra neste vídeo de William Lane Craig. Abaixo compartilho algumas informações do livro de Dinesh D'Souza.
A evolução também não pode explicar o começo da vida. Darwin nem mesmo tentou fazê-lo. Assumiu a primeira coisa viva e tratou de explicar como uma criatura pôde transformar-se em outra. A origem da vida é um dos mistérios não resolvidos pela ciência.
A evolução falha em explicar a consciência. Como a vida inconsciente se transformou em consciente? Também não explica o sentido moral que o homem possui. Como explicar o fato do homem saber o que deve fazer (ainda que não o faça)? Não há explicação científica para o fato de o homem atuar em contra de seus interesses evidentes.
O cristão não deve se assustar com a evolução. Ela é apenas uma teoria mais sobre como Deus realizou a criação. Se houve evolução realmente, Deus foi quem deu início e supervisionou todo o processo.
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