Mas Deus não era perfeito?




“Embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem.” (Hebreus 5:8)

Aperfeiçoado? Outra aparente contradição bíblica. Jesus é Deus. Deus é perfeito. Quem é perfeito não precisa ser aperfeiçoado. Não há problemas de tradução, pois a palavra grega nesse texto significa realmente “aperfeiçoado, chegar à perfeição”. Então temos um problema.

Acompanhe-me até o pecado do homem, quando este prefere a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal à Arvore da Vida. A partir dessa desobediência (pois Deus havia dito que o homem não devia comer do fruto dessa árvore) o homem se torna essencialmente mal. Sua natureza se torna má.

Bom, se dissermos que a natureza humana se tornou má estamos dizendo que não há nenhuma bondade inerente ao homem. Seu esforço não pode produzir nenhuma bondade. A natureza é quem determina os frutos. Uma laranjeira não pode dar limões como um limoeiro não pode dar laranjas.

Todos concordamos então que não havia bondade no homem. Mas Deus criou o homem para que ele vivesse eternamente ao seu lado, certo? Como fazer isso se o bem não pode conviver com o mal? Relações são bilaterais, ou seja, deve haver interesse e colaboração das duas partes.

No ser humano não havia nada que o levasse de volta a uma relação com Deus. Qual seria a única saída? O homem negar a si mesmo e entregar-se completamente a Deus. Arrepender-se completamente e fazer o que chamamos no cristianismo de “tomar a sua cruz”. Assim o Espírito Santo derramaria a essência de Deus, ou seja, o amor sobre o coração do homem (Romanos 5:5). Mas isso demanda do homem uma atitude de bondade, e voltamos a problemática de o homem, essencialmente mal, não poder produzir frutos de bondade.

Como realizar isso então? Se o homem já é essencialmente mal ele não poderia aprender essa lição de arrependimento, obediência e morte de nenhuma maneira. Não havia um homem sequer que tivesse bondade em si e pudesse dar esse exemplo à raça humana, exceto o próprio Deus.

Mas há um grande problema aí. Deus não sabe o que é provar a morte, afinal Ele é eterno. Deus não sabe o que é arrependimento, afinal ele não erra. Deus não sabe o que é obediência, afinal os criadores não devem nenhuma obediência a suas criaturas.

Que fique bem entendido que quando digo que “Deus não sabe” não quero dizer que Deus não conhece o conceito. Ele sabia muito bem o que é obediência, assim como eu sei o que é casamento. Mas da mesma maneira que eu não tenho (por ser solteiro) autoridade nenhuma para aconselhar um casal com problemas no casamento, Deus não teria autoridade para guiar o homem ao arrependimento, obediência e morte do seu ego sem viver realmente isso.

Nesse ponto o escritor do livro de Hebreus diz que Jesus foi aperfeiçoado. Ele já tinha todos os atributos de amor e bondade divinos, mas veio a terra aprender a obediência e a morte de si mesmo, com o fim não somente de ser um exemplo, mas guiar toda a humanidade no mesmo caminho de volta para Deus.

Mas não pense que o exemplo de Jesus foi o suficiente para que nós nos voltássemos para Ele. Continuamos sendo humanos e sem a capacidade inerente de gerar frutos de bondade. Por isso, estando agora na natureza de Deus a morte (na verdade obediência, o arrependimento e a morte do ego se resumem à morte de si mesmo) ele compartilha sua natureza com nós por meio do seu Espírito que vive dentro de nós. Você, cristão, não apenas aceita a Jesus e passa a viver uma relação com Ele, você se torna um com Ele. Ele está em você e você está nele. É difícil entendermos isso por causa da concepção de matéria que temos impressa em nós desde a nossa infância, mas talvez se torne mais fácil se pensarmos que a matéria é algo somente do mundo físico.

A bondade de Deus que te conduz ao arrependimento. Tudo é dele, por Ele e para Ele. O amor (que a palavra que melhor expressa a natureza de Deus) não pode ser gerado por sua própria força. Só aquele que foi aperfeiçoado pode gerar isso em você. E Ele está todos os dias com você para lhe ajudar. “Pois naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados”.

Apesar de todo esse texto sei que só vejo a salvação como alguém que vê uma paisagem através de um vidro embaçado. É tudo ainda mais complexo e perfeito. Teria muito mais a escrever, mas como disse anteriormente, não leio textos muito longos nos blogs e acho que são poucos os que se animam a ler.

Amo muito a Jesus e sua obra salvadora. E o mais interessante é que ele é quem gerou isso em mim. Que paradoxo! Que loucura! Que verdade!

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O dia em que Deus quis matar todo mundo



Quando criei este blog eu tinha como propósito principal buscar passagens bíblicas para falar simplesmente sobre o amor de Deus. Esse era o foco. Os três primeiros posts foram assim, mas logo me desviei desse propósito.

Bom, estava lendo minha Bíblia essa semana e cheguei a uma das passagens de mais difícil interpretação de todo o livro. Se encontra em Gênesis 6. Ali, nos versículos 6 e 7 encontramos o seguinte: “então, se arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração. Disse o Senhor: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei.” Lida assim sem aprofundar-se encontramos de cara uma contradição. Números 23:19 nos diz que “Deus não é homem, para que minta, nem filho do homem, para que se arrependa”. A palavra hebraica para “arrependimento” é a mesma nessas duas passagens.

A explicação mais cabível é o uso de uma figura de linguagem antropopática, que vemos constantemente na Bíblia. Ou seja, Deus é comparado a uma figura humana para que tenhamos uma melhor compreensão. Tem nexo essa afirmação. Ora, se eu não entendo nem meus sentimentos, acaso vou entender os sentimentos divinos?

Outra coisa que devemos ter em conta é que as ações e sentimentos de Deus estão intimamente relacionados às atitudes humanas, como diz Jeremias 18:7-10: “No momento em que falar contra uma nação, e contra um reino para arrancar, e para derrubar, e para destruir, se a tal nação, porém, contra a qual falar se converter da sua maldade, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe.”

Na verdade não é este o ponto que quero tratar, é só uma explicação básica sobre o texto. O ponto é: como um Deus que ao longo da Bíblia diz que é Pai, que é amor, que é bondoso pode querer matar toda a humanidade criada por ele?
A humanidade se havia corrompido. Desde o pecado de Adão, estavam descendo gradualmente de um estado de pureza até um estado de perversão total. Esse texto mostra que os filhos de Deus se casaram com as filhas dos homens. É outro assunto bem complicado para ser interpretado, mas provavelmente “filhos de Deus” se refere descendência de Sete (filho de Adão) que andava em fidelidade com Deus, enquanto “filhas dos homens” se refere à descendência de Caim, que desde seu progenitor já andava totalmente afastada de Deus.

No momento em que essas duas linhagens unem seus costumes, crenças, culturas, já não sobra nenhum homem justo na terra, apenas Noé. Uma coisa que temos que entender é que o homem, quando decide viver resolutamente no pecado, sucumbe a seu próprio orgulho. Orgulho é a fonte do pecado, é o extremo oposto ao amor. Orgulho é buscar apenas seus próprio interesse, colocar-se acima dos outros, querer tirar sempre vantagem, etc, etc.
Toda a humanidade então havia sucumbido ao orgulho. Já sabemos qual seria o fim. Uma sociedade não sobrevive sem o altruísmo. Qualquer sociedade sabe que, para sobreviver, os seus cidadãos devem buscar o bem dos outros e não somente o seu próprio bem. É uma questão de sobrevivência. Na humanidade de Gênesis 6 não havia sequer um cidadão altruísta, além de Noé. Era uma sociedade auto-destrutiva. Bombas atômicas humanas perambulando pelo Oriente Médio.

Agora sim chegamos ao ponto. O coração paterno de Deus não agüenta ver essa situação. Não é o fato de que ninguém servia ao Senhor, de que ninguém o honrava. É pelo fato de que todos se estavam matando aos poucos. Deus nunca interfere no livre-arbítrio humano. Então qual a solução que restava para Deus? Como ele poderia diminuir o sofrimento humano? O coração de Deus doía, mas ele preferia ser o culpado pela destruição da sua criação do que permitir que ela se destruísse por si mesma.

Graças a Deus que Ele pôde encontrar Noé. Um homem justo e altruísta que deu a possibilidade da humanidade seguir adiante. Esse é o papel da igreja: ser altruísta. A igreja não existe para si mesma, ela vive para o mundo. Você, cristão, não deve viver para si mesmo, deve viver para seu irmão.

Poderia seguir escrevendo sobre muitas coisas mais, mas quero deixar essa reflexão. Vejo um paralelo muito grande de Gênesis 6 com nossa sociedade atual. Deus prometeu que não destruiria mais a humanidade e ele não falha com suas promessas, mas somos hoje uma sociedade auto-destrutiva. Se não mudarmos como indivíduos e se a igreja não penetrar na sociedade é só uma questão de tempo para a destruição total. Deus olha dos céus e lembra de Gênesis 6.

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Flores e Artistas 2



Toda essa revelação sobre a beleza de Deus me fez pensar muito. Deus é muito bom!

A beleza é parte da essência de Deus. O que ele faz contém e expressa beleza. Vendo a partir desse prisma pude entender melhor a área artística dentro da sociedade. Encontrei então a seguinte definição: os artistas são pétalas em forma humana.

Sou um apaixonado pelas artes. Seja música, dança, teatro, literatura, desenho, moda e até culinária. Tudo o que envolve artes me atrai. Mas foi a pouco tempo que entendi que todo artista realiza um papel parecido ao da natureza: expressar a beleza divina. E sabe o que é mais interessante? O artista expressa essa beleza, tendo ele consciência disso ou não!

Sou um músico cristão e, pela consciência do amor de Deus por mim, cada vez que soa alguma nota produzida pelo meu esforço ou cada acorde gerado dentro de mim tem como propósito glorificar a Deus. Porém, há muitos artistas que produzem música, dança ou o que for com o intuito de exaltação própria. E sabe o que? Mal sabem eles que estão revelando Deus nesses momentos. Ignorar que Deus é o doador de todo o talento e da vida é uma tremenda ignorância (valendo-se da redundância), porém, ainda assim a beleza de Deus é expressada. Não há como fugir disso.

Deus criou a arte. O propósito dela é muito parecido ao da natureza criada pelo mesmo Deus. Só que dessa vez a criação suprema de Deus, ou seja, o homem, expressa beleza a partir de sons, movimentos, criações, etc. Vendo desse ponto de vista os artistas expressam o DNA divino de duas maneiras: criatividade e beleza. Por sermos imagem e semelhança de Deus temos em nós a capacidade de criar (herdada do criador de tudo) e também de expressar beleza.

A música, por exemplo, é uma arte muito peculiar. Estudei muito a ideia bíblica de louvor e a conclusão que cheguei, ou uma delas, é de que a música é um facilitador para nos comunicarmos com Deus. A música nos ajuda a expressar nossas emoções. Então, dentro da igreja, sempre vamos encontrar as músicas mais fáceis para que o povo em geral possa assimilar e assim expressar seus sentimentos a Deus, assim como os álbuns de música pop vendem mais que os álbuns de jazz ou tango, por exemplo. Mas isso não significa que a música se limita a isso. Deveríamos dar mais espaço para expressar a beleza do criador por meio dessa arte dentro das igrejas. Não se ouvem concertos de música clássica, jazz, bossa nova ou outros ritmos considerados como a parte mais alta da pirâmide da beleza e destreza musical. Muitas vezes até taxamos alguns ritmos de seculares. E consideramos heresia uma apresentação de um grupo musical na igreja. Dizemos que, o que não é louvor (enquanto definido como música em que toda a igreja pode cantar junto), não deve estar dentro da igreja. E assim cegamos voluntariamente nossos olhos para ver a beleza de Deus por meio da sua criação.

Creio que a igreja deveria ser um lugar onde a arte reside, pois ela nos leva para mais perto da revelação da personalidade de Deus. Imagine um dia em que as pessoas não irão mais aos teatros para ver espetáculos de dança, música, teatro ou pintura, mas irão à igreja!

Temos rotulado as artes como seculares e assim pintamos uma imagem de Deus em preto-e-branco. Como você imagina o diabo? Um ser com chifres, rabo, enrugado, etc. Seja qual for a imagem, todos nós concordamos que ele é totalmente desprovido de beleza. Então porque atribuímos a ele a beleza das artes? Ele pode se utilizar dela para propósitos impuros, porém ainda assim, enquanto há beleza, há somente um que pode ser revelado: o Criador de tudo.

Deus é belo! Ele nos deu a capacidade de expressar beleza por meio das artes, e assim reproduzimos a sua natureza. Se você é artista, pense nisso. Coloque o seu esforço no aperfeiçoamento do que você faz e assim você estará sendo mais como Deus é. Veja Deus cada vez que você olha uma flor ou um espetáculo de música, uma cachoeira ou uma mostra de dança, um raio ou uma pintura!

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Flores e Artistas 1


Hoje almocei na minha vó. Depois de comer, me sentei na cadeira de balanço e fiquei observando o seu jardim, cultivado com toda a destreza e paciência alemãs. Aquele período de sonolência e paz pós-almoço fez voltar a minha mente uma questão de algum tempo atrás: Por que existem flores?

Não sou biólogo e, inclusive, biologia sempre foi a matéria que menos me atraiu. Até onde sei a única função da flor é armazenar o pólen, que é parte da reprodução das plantas e alimentação de alguns insetos. Mas qual o motivo de a flor ser como ela é? Por que Deus deu à flor pétalas e não somente o núcleo, que é a parte “útil” dela? Ou, por que as flores têm cores diferentes? Por que a natureza não é toda verde?

A única resposta que pude conceber é de que Deus quer revelar sua beleza por meio de sua criação. O único motivo de uma flor ser como é e o mundo não ser preto-e-branco ou grayscale é porque Deus quer que você veja algo belo todos os dias! Isso contraria totalmente a visão que temos de que Deus é um ser que exige nossas tarefas diárias cumpridas ao pé da letra sem nenhum erro ou pecado. Não! Ele é um Deus que se preocupa com nosso lazer e bem-estar. A beleza tem a capacidade de nos trazer sentimentos de paz e harmonia, sentimentos esses inerentes à Deus

Diz Romanos 1:20: “Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas”. A natureza é a melhor pregadora que já existiu ou existirá. As cores, os aromas, as formas. Cachoeiras, abismos, vales, montanhas: tudo revela a natureza, o DNA, de Deus. O Engenheiro do mundo é também o Arquiteto. Ele não se preocupou apenas com a funcionalidade das coisas, mas também com a beleza. Simplesmente porque a beleza é algo que flui de Deus. Este traço da personalidade de Deus me fascina.

É importante ressaltar que isso não é o mesmo que a idéia panteísta, na qual se baseia, por exemplo, o hinduísmo. O panteísmo diz que tudo é Deus e Deus é tudo. Outro dia ouvi de um amigo uma frase que retrata bem o panteísmo: “Estou mais tranqüilo que vaca na Índia.” O que eu quero dizer é que a criação expressa a essência do criador, assim como um filho herda o DNA de seu pai e sua mãe.

Em algum dos tantos livros do psicólogo Augusto Cury que li, lembro de ele comentar que um dos passos para uma vida emocionalmente saudável é a contemplação do belo. Você já pensou que, talvez, todas as flores que você encontra no caminho de sua casa até seu trabalho estão lá simplesmente porque Deus desejou que você visse algo belo todos os dias? Até o turbilhão de cores no wallpaper do seu computador expressa a natureza de Deus!

Isso tudo me incentiva a começar a reparar mais na beleza da criação. Guardar um tempo para isso. Descansar e contemplar a criação, para ver refletido nela o Arquiteto, o Engenheiro, o Artista, o Criador: DEUS!

(Em breve, continuação...)

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Relationaholic


Confesso que sou um viciado em internet. Passo várias horas na frente do computador. Muitas vezes chego a cansar desse meu laptop companheiro. Então, tendo como base esse meu vício, comecei a pensar em que me motivava a passar tantas horas na frente do computador e de onde provinha esse sentimento estranho que experimento toda a vez que passo alguns dias longe da World Wide Web (rede mundial de computadores, apelidada de internet).

Bom, comecei a reparar no meu comportamento. O que eu faço cada vez que ligo o meu computador? E sempre é a mesma liturgia: abrir o Firefox e o MSN Messenger, ambos ao mesmo tempo. Conecto no MSN, que demora algum tempo. Enquanto isso, volto à janela do Firefox. Nela estão contidos, na barra de favoritos, os sites que costumo acessar. Então, pela ordem em que aparecem, clico em Orkut. Abro uma nova aba e clico em Twitter. Nesse tempo já se carregou completamente o MSN. Vejo quais contatos estão online e se tenho novas mensagens de e-mail. Automaticamente volto à janela do Firefox, e abro uma nova aba: Hotmail. Enquanto digito a senha, uma nova aba: Facebook. Vejo todas as atualizações e, revisando meu inconsciente (seja isso possível, ou não), percebo que estou esperando que uma janela de conversa do MSN pisque na minha barra de tarefas.

Na verdade o parágrafo acima é um esboço da minha atitude diária em frente ao computador. Sem contar os inúmeros F5 na página do Twitter. Faço das minhas palavras as de Paulo no livro de Romanos, “quem me livrará do corpo dessa morte?” (de alguma forma profetizando inconscientemente o aparecimento do super-herói mexicano, Chapolin).

Não sei se você já percebeu, mas certo dia me dei conta que meu vício não é de internet. Sou um viciado em relacionamentos. E logo minha cabeça se encheu de questionamentos, o que não é muito raro. O primeiro pensamento foi: “Mas então não estou fazendo nada de errado! Afinal, relacionamentos são um dos pontos fundamentais de uma vida saudável”. Mas a palavra “vício” já traz junto consigo o conceito de algo não-saudável. Aliás, o vício faz com que muitas coisas saudáveis se tornem insalubres.

Havia uma mulher de uma cidade chamada Samaria. Na sua época não havia computadores, nem twitters, orkuts ou chapolins. Mas se ela vivesse hoje em dia com certeza teria uma conta em todos esses sites de relacionamentos, e muito provavelmente em alguns outros não tão lícitos ou saudáveis. Essa mulher já estava em seu sexto relacionamento amoroso. Ora, se cinco maridos não puderam preencher algo dentro dela, porque então ela achou que o sexto resolveria? Conduta típica de um viciado: não se importa com a causa do vício, apenas amortece os sintomas com alguma substância, seja essa física ou emocional. Um dia essa mulher foi cumprir sua rotina diária de buscar água no poço, mas encontrou um cara judeu, barbudo provavelmente, cansado e sentado à beira do poço. Esse indivíduo se chamava Jesus, indivíduo esse que dividiu a história. Ele oferece a essa mulher algo que nenhum homem, nenhum site de relacionamentos podia dar para ela. Jesus usa uma metáfora usando a água. Enquanto a mulher buscava saciar sua sede com uma água física, Jesus lhe propõe uma água espiritual. Como já disse em outras postagens. Somos feitos de Deus e só em Deus e com Deus somos completos. Nada natural pode saciar nossa sede existencial, somente o amor que Jesus pode oferecer.

Conclusão (sou péssimo com conclusões). Acho que o vício de relacionamentos não é em nada prejudicial, apenas se tentamos fazer com que esses relacionamentos humanos preencham nosso vazio existencial. É como tentar encher um balde com pedras grandes. Talvez até pareça cheio o balde para quem vê de fora, porém somente a água poderia encher totalmente o balde, de forma com que nenhum espaço fique vazio. Só vamos experimentar relacionamentos completos depois do nosso balde estar cheio da água do amor de Deus.

Relacione-se. Mas seja cheio primeiro!

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