Batismo e Santa Ceia

Você já se perguntou o que fez com que a igreja se tornasse tão diferente hoje do que era nos seus primórdios? Por que as igrejas neotestamentárias pareciam ser tão simples e funcionar tão bem em contraste com as de agora, que têm uma organização tão complexa e funcionam tão mal (em alguns casos)? Ou ainda, por que a Igreja Católica (que historicamente é a “continuidade” da igreja apostólica) parece tão desviada dos princípios bíblicos elementares?

Esses questionamentos demandam uma infinidade de respostas, porém, uma delas me chamou a atenção, por ser uma má interpretação, que causou danos incalculáveis à Igreja. Essa interpretação desviada das normas do Novo Testamento se chama sacramentalismo.

Jesus deixou duas ordenanças simbólicas no Novo Testamento, o Batismo e a Santa Ceia, ou Ceia do Senhor. Mais tarde, a igreja passou a chamar essas duas ordenanças de sacramento. A etimologia remete ao latim sacramentum, que em seu uso popular era o juramento de lealdade que o soldado romano realizava ao exército. A palavra grega que corresponde a sacramentum é mystêrion, a qual significa “o que está fora da compreensão natural”. De qualquer maneira, é importante ressaltar que essa terminologia, ou seja, esse título para as duas ordenanças de Jesus, não é bíblica, apesar de nos ajudar a compreender o entendimento que os líderes da igreja dos séculos pós-apostólicos tiveram dos sacramentos.

A igreja, logo cedo em sua história, começou a acreditar que a água do batismo tinha um poder misterioso para operar a salvação. Já no início do segundo século depois de Cristo, Justino Mártir declarou que o batismo completava a salvação. Ao fim do mesmo século, há algumas evidências de que se começou a praticar o batismo de crianças. No mesmo período, Ignácio (um dos Pais da Igreja) declarou que o pão e o vinho eram “remédios da imortalidade”. Os dois sacramentos começaram a tomar um lugar que Jesus e os apóstolos nunca haviam proposto.

Tendo os sacramentos esse lugar de honra, não era qualquer indivíduo que poderia administrá-los. Somente os bispos poderiam realizar esses ritos e com as palavras corretas, sem poder equivocar-se em nenhuma delas, para que o rito não perdesse sua validade. Tudo isso foi, muito provavelmente, influência da magia pagã se incorporando à Igreja através da multidão de crentes ex-pagãos que não abandonavam completamente suas práticas ou não compreendiam completamente a fé cristã. Então, os bispos começaram a ocupar um lugar mais alto do que aqueles ministros que serviam na Igreja do primeiro século.

Os sacramentos passaram a ser indispensáveis para a salvação. Somente os bispos poderiam administrá-los. A conseqüência disso tudo foi que a igreja passou a ser detentora da salvação. Ninguém era salvo se não pertencesse à Igreja.

O batismo e a Santa Ceia causam discórdias e diferenças doutrinárias até hoje. O que é o batismo? O batismo de crianças é correto? Deve ser por imersão ou pode ser feito por aspersão? E sobre a Santa Ceia, qual será a visão correta: transubstanciação, consubstanciação, presença mística ou simbolismo? (Sugiro que você procure no Google sobre cada uma das formas de interpretar a Ceia do Senhor).

Gostaria de falar sobre minha visão sobre esses dois sacramentos. Trata-se de uma opinião a mais que está longe de ser uma tese definitiva, até porque sei das variáveis teológicas que influenciam essas visões. Será somente mais uma de minhas teorias. Fique com o que é bom, rejeite o que não for proveitoso.

Paulo, em diversos textos, faz analogias do relacionamento de Cristo com a Igreja comparando-o com o relacionamento entre marido e esposa. Assim é em Efésios 5:31-32, onde, por coincidência, encontra-se a palavra grega mystêrion. Gostaria também de propor uma analogia parecida.

O batismo é a cerimônia de casamento entre o homem e Cristo.

A cerimônia não é o casamento em si, é apenas a demonstração pública do mesmo. Na prática cristã, o casamento é um relacionamento contínuo entre um homem e uma mulher, gerado e mantido pelo amor e pela vontade mútua. Os dois tornam-se então uma só carne. O nosso relacionamento com Cristo também é contínuo, iniciado e mantido pela fé nEle. Somos um só espírito com ele a partir do momento em que cremos. Marcos 16:16 diz: “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado”. Fica claro que o condicionante para a salvação é crer, e não o batismo. Do contrário diria: “quem não crer ou quem crer e não for batizado será condenado”. O batismo é a demonstração simbólica de um “sim” que já ocorreu interiormente pela fé.

Quando nos casamos com Cristo através da fé e o demonstramos publicamente através do batismo, compartilhamos com ele tudo o que temos e ele compartilha conosco tudo o que ele possui. Ou seja, nossos pecados passam a ser de Jesus e todas as bênçãos conquistadas na cruz passam a ser nossas. Assim opera a salvação. Que maravilha!

O batismo então, em minha visão, é simbólico. Assim como o beijo da cerimônia simboliza o amor e a decisão de duas pessoas de se casarem, a imersão simboliza a nova vida que temos em Cristo. É essencial para todo que, crendo, tem oportunidade de fazê-lo; porém, não é condicionante a ponto daquele que crê no leito de morte perder sua salvação.

Assim como na cerimônia de casamento há um consenso entre duas pessoas, também é no tocante à salvação e ao batismo. Primeiro há amor entre duas pessoas que decidem casar-se, para depois, exporem sua decisão em uma cerimônia pública. Da mesma maneira, primeiro é necessária a fé em Jesus para depois haver o batismo, como demonstração dessa decisão. Romper essa ordem seria sem sentido.

A santa ceia é o símbolo da aliança que fizemos com Deus.

Do mesmo modo que as pessoas casadas sustentam uma aliança durante toda a sua vida, demonstrando publicamente que estão casadas, assim a Santa Ceia é a demonstração da nossa contínua relação com Cristo. Diz respeito a uma decisão que tomamos e que seguimos caminhando nela.

Paulo nos mostra em 1 Coríntios que o participar da Ceia indignamente traz fatais consequências para a vida do participante. Isto porque ele estaria demonstrando uma mentira: declarando publicamente sua fé em Jesus, porém vivendo de maneira contrária a essa aliança. É um adúltero que sustenta orgulhosamente uma aliança em seu dedo. Parece-me não haver necessidade de crer em algum elemento mágico, ou transformação milagrosa da substância do pão e do vinho.

O fato de não haver nenhuma presença mágica diminui a importância destes sacramentos? De forma alguma. A intensidade e a profundidade do simbolismo demandam respeito e reverência de cada participante dos sacramentos. Todo esse simbolismo deve despertar em nós a mais profunda devoção e gratidão pelos fatos que eles representam. O fato de ser apenas simbolismo não faz dos sacramentos menos sagrados, devido aos acontecimentos que eles estão representando. Não há nada mágico que os possa fazer mais sagrados.

Que o nosso casamento com Cristo seja eterno. Que nunca busquemos o divórcio da aliança que fizemos com ele.

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Religião x Ciencia


O texto a seguir é traduzido e adaptado do livro de Dinesh D'Souza "What's So Great About Christianity". Boa leitura.


HISTÓRIA DO CONFLITO


O ateísmo proclama que a ciência e a religião são adversárias. Diversas vezes vemos artigos em jornais e revistas com o título Ciência x Religião, ou Ciência versus Deus.

Os ateus, porém, ignoram muitas vezes que a ciência moderna surgiu e se desenvolveu dentro do cristianismo medieval europeu e que alguns dos avanços mais significativos da ciência se devem ao trabalho de cristãos.

Agostinho de Hipona (ou Santo Agostinho como é conhecido), por exemplo, no século IV depois de Cristo, criou uma teoria com bases teológicas de que Deus havia criado o tempo junto com o universo, ou seja, que antes do universo não havia tempo. Deus obviamente está fora do tempo, por isso que dizemos que Deus é eterno. O que Agostinho alcançou somente através da razão, a física moderna e a astronomia confirmaram muitos séculos depois.

A razão sempre foi parte operante do cristianismo. Ao contrário do islamismo e do judaísmo, que são religiões de lei, o cristianismo é uma religião aberta ao pensamento e a reflexão sobre Deus e sua relação com o homem. O cristianismo não é e nunca se opôs a razão. Ao contrário, o cristão crê que Deus concedeu a razão ao homem. O antagonismo entre fé e razão, ciência e religião é um produto moderno sem fundamento.

A fundação das universidades ocorreu na era medieval na Europa. Elas tiveram um papel crucial no desenvolvimento da ciência moderna. Antes disso eram os monastérios que cuidavam da preservação e transmissão do conhecimento antigo que havia se perdido com as invasões bárbaras a Roma. A partir daí as igrejas começaram a fundar escolas, primeiramente a nível primário e depois secundário. Estas se tornaram cada vez mais avançadas até que, no séc. XII, foram fundadas as primeiras universidades em Bolonha e Paris.

O método científico, que é a base de estudo da ciência até hoje, foi criado por Francis Bacon, um devoto religioso que escreveu comentários também sobre os Salmos e a oração. Bacon dizia que através do poder divino do descobrimento, o homem poderia cumprir a ordem divina de estabelecer domínio sobre a criação e até restaurar uma nova classe de Éden. O método científico revolucionou a ciência e gerou uma explosão de inovações e invenções que começaram no séc. XIII. Nessa época foram inventados a roda hidráulica, o moinho de vento, o chaminé, os óculos e o relógio mecânico.

A igreja também patrocinou a construção e a manutenção das primeiras instituições de investigação médica e os primeiros observatórios. Os primeiros cientistas profissionais são encontrados aos fins da Idade Média e, em sua grande maioria, eram cristãos que viam seu trabalho como o cumprimento de objetivos cristãos. Alguns famosos cientistas cristãos são: Copérnico, Kepler, Galileu, Descartes, Boyle, Newton, Leibniz, Pascal, Harvey, Lavoisier, Ampere, Pasteur, Maxwell, Mendel.

Georges Lemaitre, o astrônomo belga que propôs pela primeira vez a teoria do Big Bang para a origem do universo também era cristão. Kepler, criador da teoria de que os planetas giravam em torno do sol de maneira elíptica e não circular, escreve a Deus ao fim do livro “A harmonia do mundo”: “por favor, faça com que essas demonstrações levem a tua glória e a salvação de almas”.

Apesar de o cristianismo estar tão presente na origem e no desenvolvimento da ciência, a fama da guerra “ciência contra religião” tem sua força na perseguição que a Igreja impôs a cientistas como Copérnico e Galileu, que afirmavam que a terra girava ao redor do sol. Muitas informações, porém, são de propagandas mentirosas anti-religiosas provenientes do séc. XIX. É certo que houve perseguições, mas muito menos do que a tradição científica prega. De qualquer forma, a Igreja corrompida da Idade Média se faz culpada dessas acusações.

A CIÊNCIA E A BÍBLIA

O Big Bang

As descobertas científicas recentes mostram que o universo foi criado em uma explosão primordial de luz e energia. Nesse momento o universo teve começo, assim como o tempo e o espaço. Gênesis 1:3 nos mostra que Deus criou primeiramente a luz. Há uma clara confirmação científica para um dado bíblico. Isso também nos explica porque a luz foi criada antes do sol, no relato da criação.

A segunda lei da termodinâmica declara que as coisas, deixadas sozinhas, se descompõem. Esta lei tem aplicações alarmantes. Por exemplo, a medida que o tempo passa as reservas de combustível do sol vão decaindo, o que significa que um dia se acabará o calor do sol. Mas isso também significa que em algum momento o sol foi aceso, ou seja, criado. O mesmo ocorre com todas as estrelas. Assim é com todo o universo.

Outro dado importante que indica um começo e um criador para o universo é o fato comprovado de que o universo está em expansão e de que as galáxias estão se afastando. Isso indica que no passado elas estiveram mais perto umas das outras. Tudo indica que todas tiveram um ponto de origem comum a mais ou menos quinze milhões de anos atrás.

Todos estes fatos indicam a um evento de criação do universo a 15 milhões de anos atrás. Alguns poucos cientistas, não podendo explicar a origem do universo e recusando-se a aceitar ao Criador tem proposto teorias de que o universo é eterno ou mirabolantes teorias de universos paralelos. Obviamente não tem nenhuma evidência a seu favor.

É importante fazer um parêntese e deixar claro que a palavra hebraica para dias no relato da criação do Gênesis pode significar dias, estações ou épocas. Não há dificuldade nenhuma para o cristão aceitar um relato da criação que se estenda por milhões de anos.

A filosofia nos mostra que tudo que tem um começo, tem uma causa. Ou seja, tudo que veio a existir depende de algo que o gera. Qual seria a causa do Big Bang, ou do universo? Em seu sentido literal, a grande explosão que criou o universo foi um milagre. Qual a causa deste milagre? A única resposta cabível é que a causa é algo que esteja fora do universo e fora do tempo e seja poderoso o suficiente para criar algo. Enquanto os cientistas buscam uma resposta para a causa do Big Bang, os cristãos têm certeza da sua origem em Deus.

UM MUNDO CRIADO ESPECIFICAMENTE PARA NÓS

Uma grande questão que ronda a mente de muitos seres humanos é o fato de que se o homem é tão importante e tão central para o propósito de Deus, porque vivemos num pedacinho pequeno de terra em um universo tão grande e indiferente? A ciência tem nos dado essa resposta provando que o tamanho e a idade do nosso universo não são acidentais, mas são condições indispensáveis para a existência da vida na terra. O universo parece ser uma conspiração para que nós existamos. Se algumas leis fossem mudadas em alguns décimos somente, a existência de vida seria impossível.



A TEORIA DA EVOLUÇÃO

A melhor explicação acredito que se encontra neste vídeo de William Lane Craig. Abaixo compartilho algumas informações do livro de Dinesh D'Souza.



A evolução também não pode explicar o começo da vida. Darwin nem mesmo tentou fazê-lo. Assumiu a primeira coisa viva e tratou de explicar como uma criatura pôde transformar-se em outra. A origem da vida é um dos mistérios não resolvidos pela ciência.

A evolução falha em explicar a consciência. Como a vida inconsciente se transformou em consciente? Também não explica o sentido moral que o homem possui. Como explicar o fato do homem saber o que deve fazer (ainda que não o faça)? Não há explicação científica para o fato de o homem atuar em contra de seus interesses evidentes.

O cristão não deve se assustar com a evolução. Ela é apenas uma teoria mais sobre como Deus realizou a criação. Se houve evolução realmente, Deus foi quem deu início e supervisionou todo o processo.

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Os novos ateus e o fim dos tempos


“Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem do pecado, o filho da perdição. Este se opõe e se exalta acima de tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração.” “A vinda desse perverso é segundo a ação de Satanás, com todo o poder, com sinais e maravilhas enganadoras.”
(2 Tessalonicenses 2:3-4 e 9)


Uma área de estudo que nunca me atraiu muito no que se refere ao estudo bíblico é a escatologia, ou seja, o estudo dos últimos dias. Sinceramente, fico um pouco irritado lendo tantas simbologias sem entender nada. Com certeza, essa dificuldade de entendimento é agravada pela falta de conhecimento do gênero literário e do contexto, mas, ainda assim, os relatos dos acontecimentos finais no Apocalipse, Zacarias e Daniel não me atraem muito.

Essa situação muda quando encontro alguma luz que resplandece sobre alguma passagem, fazendo-a parecer mais clara, ou quando algum texto parece fazer mais sentido à luz dos acontecimentos do mundo contemporâneo. E assim foi com esses dois versículos citados no começo do texto.

É importante, antes de discorrer sobre esses versículos, aclarar que toda interpretação em escatologia não passa de teoria. A única maneira para que sejam plenamente aceitas é quando se tornam fato, ou seja, quando realmente aconteçam. Acredito que todos nós que crescemos com interpretações aceitas como definitivas - como o arrebatamento, o milênio, a pessoa do anticristo – teremos grandes surpresas quando a escatologia passe de mera simbologia profética a eventos reais.

Passo agora a minha teoria (minha esposa sabe que eu tenho uma teoria para quase tudo).

Neste último ano, estive me dedicando mais do que nunca ao estudo da apologética, e nesse caminho me encontrei com as idéias do novo ateísmo – movimento moderno que se dedica a enaltecer o ateísmo e atacar a religião. Este movimento, que tem como maiores expoentes o biólogo Richard Dawkins, o escritor Critopher Hitchens, o filósofo Daniel Dennett, entre outros, tem se mostrado bastante violento em suas declarações. Seus livros como “Deus, um Delírio”, de Dawkins, e “God Is Not Great” (Deus não é bom), de Hitchens, revelam um ataque aberto a toda forma de religião. Obviamente, seu maior alvo de ataques é o cristianismo, provavelmente pela proeminência dessa religião e por esses ateus viverem em países tradicionalmente cristão-protestantes.

Minha intenção não é ir contra nenhuma das ideias destes ateus. Talvez em outra oportunidade. Mas, como em um déjà vu profético, vejo em suas ideias o cumprimento dos fatos futuros advertidos por Paulo aos tessalonicenses. Esses homens são proeminentes em suas áreas de atuação, isso é inegável, apesar de levantarem argumentos muitas vezes sem base filosófica ou teológica nenhuma (principalmente Richard Dawkins). Porém, seu discurso traz consigo uma aura de soberba e uma fantasia de intelectualismo. Isso faz com que ser ateu pareça sinônimo de ser intelectual ou inteligente. Ser ateu passou a ser cool, fato que é comprovado em muitos círculos universitários, principalmente.

Serão eles então o anticristo? De maneira nenhuma. Mas creio que, da mesma maneira com que João Batista preparou o coração dos israelitas para a chegada do Messias, o novo ateísmo tem preparado a mente das pessoas a uma rejeição da religiosidade e dirigido a sociedade ao secularismo total.

Em minha teoria o anticristo não será um homem milagroso como era Jesus. Creio que seus “sinais e maravilhas”, como se refere Paulo no versículo 9, serão algo semelhante a descobrimentos e experimentos científicos destinados a afastar ainda mais a sociedade da ideia de um criador e sustentador da terra. Esse novo ateísmo trabalha para afastar a ciência da religião, dando a falsa impressão de que as duas são excludentes entre si.

Suas teorias querem mostrar que a religião é o maior atrapalho ao progresso da sociedade. Somente sua extinção total levaria o homem a um nível mais elevado socialmente e individualmente.

John Lennon parece aportar a essa cosmovisão ateísta em sua famosa composição "Imagine Me":

Imagine que não há paraíso É fácil se você tentar Nenhum inferno abaixo de nós Acima de nós apenas o céu Imagine todas as pessoas Vivendo para o hoje Imagine não existir países Não é difícil de fazê-lo Nada pelo que lutar ou morrer E nenhuma religião também Imagine todas as pessoas Vivendo a vida em paz


Seguindo com minha teoria, creio que o novo ateísmo será o maior inimigo da igreja neste próximo século, assim como o legalismo judeu foi o inimigo do início da fé cristã, seguido pelo gnosticismo do primeiro século enfrentado pelos Pais da Igreja. A diferença é que vivemos em uma igreja despreparada em comparação àquela do século primeiro. Parece-me ser tempo da igreja investir na preparação teológica dos seus líderes, na convicção da fé de cada um dos cristãos que frequentam nossas igrejas e da união contra esse mal que nos sobrevêm.

Encerro com a pergunta de Jesus em Lucas, capítulo 18, versículo 8: “Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?” Creio que quando o Deus Onisciente questiona algo não espera uma resposta. Talvez espere reflexão e ação.

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