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Disse Deus: "Haja luminares no firmamento do céu para separar o dia da noite. Sirvam eles de sinais para marcar estações, dias e anos” (Gênesis 1:14)
Qual é o seu sentimento ao final deste ano? Há aqueles que se alegram por ele ter chego ao fim. Há aqueles que se sentem frustrados por não terem alcançado suas metas no ano que passou. Conheço ainda pessoas que sentem uma tristeza sem explicação ao final de cada ano.
São muitos os sentimentos que aterrissam juntamente com o começo de um novo ano, mas há um que é mais marcante e comum a todos nós: a esperança. Nós acreditamos que os próximos 365 dias serão melhores do que aqueles que passaram. Fazemos novas metas, tiramos o pó dos sonhos que estavam guardados no fundo de nossa memória, planejamos atitudes diferentes, etc.
Esse sentimento de progresso, ou seja, de que o futuro será melhor, foi, de certa forma, implantado em nossa cultura pelo cristianismo. Nas culturas orientais, a chinesa, por exemplo, a história é cíclica: o ano será bom ou mau de acordo com o zodíaco. Já o cristianismo ocidental plantou na cosmovisão popular a ideia de que o melhor sempre está por vir.
Essa é a razão pela qual sempre iniciamos o ano cheios de esperança. E aqui está a criatividade de Deus: Ele criou estações, dias e anos. Intencionalmente, o Criador gerou ciclos que se repetem, os quais nos convidam a uma reflexão das nossas atitudes e da nossa vida no ciclo que passou, para não cairmos nos mesmos erros e, dessa forma, possamos progredir.
Assim crêem os judeus, dos quais herdamos nossa fé. O ano novo judeu começa com um tempo de reflexão e arrependimento pelos pecados e termina com a proclamação do perdão. Como seria diferente o mundo se cada indivíduo dedicasse o tempo de suas comemorações de fim de ano à reflexão e revisão de si mesmo ao invés de pular ondas, comer lentilhas e vestir-se de branco - um belo disfarce para um interior cheio de problemas.
Deus poderia ter criado um mundo totalmente linear, onde as estações e os ciclos não se repetissem, mas creio que esta foi a intenção do Criador em sua infinita sabedoria: incitar o homem a um tempo de revisão e enchê-lo novamente de forças e esperança.
O ano novo acaba sendo a anunciação do caráter de Deus e do evangelho de Cristo: há sempre uma segunda, uma terceira, uma quarta e infinitas chances para aquele que verdadeiramente se arrepende e busca ao Senhor. E sim, na vida do cristão, o melhor sempre está por vir!
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